O diagnóstico do Transtorno Bipolar, atualmente, pode ser realizado a partir de critérios razoavelmente bem estabelecidos na prática clínica.
É considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios agudos, recorrentes, de alteração patológica do humor, com pelo menos um episódio de mania, hipomania ou misto, conforme o DSM IV. A recuperação após a fase aguda é geralmente significativa, mas menos completa e isenta de consequências da que seria desejável.
A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos, genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. O Transtorno Bipolar tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada.
Principais sintomas:
Os sintomas mais comuns são: exaltação do humor, euforia, hiperatividade, diminuição da necessidade do sono, exacerbação da sexualidade, comprometimento da crítica, irritabilidade, agressividade, distraibilidade. Delírios e suicídios podem acontecer em casos mais graves.
O tratamento psicoterápico concomitante com o tratamento psiquiátrico medicamentoso é indicado para diminuição dos sintomas.
Entre uma fase e outra a pessoa poderá ter uma vida como qualquer outra; outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida normal e independente. Embora a denominação do Transtorno Bipolar supõe que os pacientes apresentem duas fases, nem sempre isso é observado. Existem pacientes que só apresentam fase de mania, exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares.
Margarida Marques
Psicóloga Clinica
CRP 05/11499
